A mostra está num espaço ampliado, com mais de 11.000m² de área construída, e ocupa o mezanino e o terraço aberto do prédio, com uma configuração totalmente nova para os visitantes, que poderão conhecer ainda mais de perto a arquitetura do icônico edifício, ao longo do circuito com 73 ambientes. A implantação vai surpreender ao abrigar 22 estúdios e lofts, 11 casas, 14 jardins, praças e ilhas de bem-estar, 6 operações de restaurante, bar e café, 5 banheiros unissex com espaço família, 6 lojas e operações comerciais, além de 2 ambientes funcionais (bilheteria/chapelaria e lounge), 5 áreas de exposições e instalações artísticas, além de espaços variados. 

“2023 chega como um ponto de virada para CASACOR. Estamos crescendo, desbravando novos territórios, nos inserindo cada vez mais no universo das artes e prosperando vertiginosamente em negócios. Mais que uma mostra consolidada, queremos ser um espaço de permanência, celebração e conexão, mas sem nunca esquecer quem somos, nem mesmo deixar de lado nosso DNA e missão de criar anualmente experiências imersivas, e porque não 

inesquecíveis, no segmento de arquitetura e decoração. Os diálogos se transformam, novos vínculos são criados, mas a essência do que fazemos há 36 anos é o que continuará nos guiando sempre”, diz André Secchin, Diretor Geral de CASACOR.

Os curadores da CASACOR, Livia Pedreira, Pedro Ariel Santana e Cris Ferraz, amparados em pesquisas de tendências, definiram o conceito do ano, sintetizado no tema Corpo&Morada. A partir daí convidaram artistas, arquitetos, designers de interiores e paisagistas para criarem instalações e ambientes que promovessem reflexões e experiências para o visitante durante todo o percurso da mostra. Nós destacamos nessa edição do blog os ambientes dos quatros profissionais catarinenses que estão na mostra em SP. 



Casa Riachuelo por Marcelo Salum transporta a CASACOR SP para a “Morada do Samba” 

A influência para o nome do espaço e sua relação com o tema “Corpo e Morada” vem do entendimento de que o corpo é a nossa morada e nos expressamos através dele, da nossa cultura. O samba é um dos movimentos culturais mais característicos do Brasil, que nasceu como uma forma de libertação, por meio da música e da dança, sob forte influência da África. Traz intrínseca a força, o movimento, a alegria, um ritmo envolvente e contagiante, que mexe com nossos sentidos. 
Salum tem uma grande ligação com a música em geral, mas suas memórias de criança, durante as férias de verão sempre estão entremeadas com o samba, desde momentos em família, passando, inclusive, pelos desfiles de Carnaval, que assistia pela TV. O arquiteto ficava vidrado nas cores, nas fantasias maravilhosas: “é um ritmo que mexe comigo”, declara. Então, a ideia era trazer todas essas referências, essa força, alegria e ritmo para seu projeto em CASACOR São Paulo.




Casa Morena traduz o corpo contemporâneo por Tufi Mousse

A leitura do tempo vivido com seus dilemas contemporâneos influencia os modos de vida e os fluxos da morada. O espaço não só responde às necessidades funcionais de quem o habita, mas revela a subjetividade do seu morador. Partindo deste exercício de autoconhecimento e identidade, o escritório catarinense comandado pelo arquiteto Tufi Mousse – com filial também em São Paulo -, apresenta a relação estabelecida entre o corpo e a morada na Casa Morena.

“A Casa Morena personifica essa relação criada no espaço como um reflexo de autenticidade. Somos seres raros com individualidade e semelhanças. A morada não existe se nela não a habitarmos e para isso temos que envolver nosso corpo nessa veste que chamamos de lar. É assim que definimos “Corpo e Morada”, tema da CASACOR, neste projeto. A casa como reflexo do nosso corpo com necessidades e responsabilidades”, explica o arquiteto.


O primeiro loft – Moacir Schmitt Jr. e Salvio Moraes Jr.

Colecionadores de participações na CASACOR em diferentes estados – Santa Catarina, Paraná e São Paulo – os designers de interiores Moacir Schmitt Jr. e Salvio Moraes Jr. se debruçam desta vez sobre uma base pouco convencional. “Nosso ambiente segue o formato circular original do espaço no Conjunto Nacional. Essa configuração inspirou todo o projeto””, explicam. O clima modernista reverbera com muita luz natural e um imponente anteparo de vidro ao longo de 117 m2, nos quais sala, cozinha, quarto e banheiro funcionam como áreas de bem-estar.


Casa Terroir por Studio Schier

O arquiteto Rodolpho Schier reuniu histórias e inspirações multiculturais (como os palacetes italianos e os projetos de interiores de Lorenzo Mongiardino) para resgatar o valor da emoção no décor. “O ambiente é um manifesto contra a funcionalidade racional, que deixa os espaços com cara de showroom”, afirma. Em sua estreia na mostra, numa área de 70 m2, ele buscou criar um terroir único, ressaltando o aspecto autoral da composição. Um exemplo é o trabalho minucioso de marchetaria nas bancadas da cozinha.

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